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Newsletter Instituto Biopesca - Edição 18 - janeiro / 2021

EDITORIAL: Lixo na praia mata. A mensagem foi divulgada em três outdoors do Instituto Biopesca instalados em diferentes pontos de Praia Grande e Peruíbe a fim de sensibilizar os turistas que frequentam a região na temporada para o descarte correto do lixo. A campanha ocorre durante o mês de janeiro e tem como principal objetivo incentivar as pessoas a não deixarem os restos de comida ou resíduos, como embalagens, na areia. A alta temporada do verão atrai muitas pessoas de outras cidades para a região e, assim, caracteriza-se como uma época apropriada para a veiculação do alerta. 

O início de 2021 teve mais ações importantes, que você acompanha nesta primeira edição do ano do boletim eletrônico “Em dia com o Biopesca”, que traz ainda uma retrospectiva das ações do Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos no ano passado.

Boa leitura e lembrem-se, por favor: continuem mantendo distanciamento social, usando máscaras e lavando as mãos!

Ações de comunicação e de educação ambiental

O ano de 2021 já começou com força total para o Instituto Biopesca (IBP), que preparou ações de comunicação e de educação ambiental voltadas à sensibilização para questões do meio ambiente. No início do mês, três outdoors da organização foram instalados com a mensagem “Lixo na praia mata” em pontos estratégicos de Peruíbe e Praia Grande, no litoral de São Paulo, municípios costeiros que, todos os anos, recebem milhares de visitantes durante a alta temporada. A campanha teve o objetivo de sensibilizar os turistas para a gravidade do descarte inadequado de lixo nas praias, que impacta seriamente a vida dos animais que habitam esse ecossistema. Um exemplo são as aves costeiras, que podem se intoxicar ao se alimentarem dos restos deixados na areia.

Já a equipe de Educação Ambiental produziu o novo episódio do quadro “Histórias de Família”, veiculado no canal do Youtube do Biopesca. Desta vez, as protagonistas foram as águas-vivas, animais encontrados pelos banhistas que lotam as praias no verão. O episódio esclarece as suas características e o que fazer no caso de queimadura, descartando procedimentos incorretos – a exemplo de lavar o local com água doce – e orientando a usar água do mar gelada, se possível.
Esse episódio e os anteriores, bem como os outros quadros do canal do IBP no Youtube, são acessados aqui:

youtube.com/institutobiopescacanal

Capacitação para campanha estadual e curso no Aquário de Santos

No dia 18 de janeiro, as equipes da campanha “Verão no Clima” que atuarão em Praia Grande, Mongaguá e Peruíbe (SP) participaram de treinamento teórico ministrado pelo Instituto Biopesca. Essa campanha é uma iniciativa do governo estadual para sensibilizar os banhistas a não descartarem lixo na areia das praias, entre outras questões. O tema do treinamento foi a importância da sustentabilidade e o impacto do lixo nos animais marinhos.

O evento foi realizado de forma on-line, com transmissão ao vivo, a fim de evitar aglomeração, medida de segurança necessária em decorrência da pandemia da covid-19, e fez parte do apoio do IBP à ação da Secretaria Estadual do Verde e Meio Ambiente. Os monitores estarão nas praias até o dia 7 de março e, além de sensibilizar moradores e turistas para o descarte adequado do lixo, também os alerta para as medidas de prevenção ao novo coronavírus.

Já no dia 20 de janeiro, a equipe de Educação Ambiental do IBP ministrou um curso on-line com o tema "Um mergulho no ambiente: da Mata Atlântica ao Fundo do Mar" (foto), que integrou a programação de férias do Aquário de Santos. Em julho de 2019, o Biopesca também participou dos cursos on-line de férias da instituição. 

Apoio da Polícia Militar

No dia 17 de janeiro, a equipe de quadriciclo do 45° Batalhão da Polícia Militar do Interior (BPMI PMESP), que estava patrulhando a praia do Boqueirão em Praia Grande (SP), auxiliou na retirada de uma tartaruga-cabeçuda (Caretta caretta) já sem vida, recolhida pela equipe do Instituto Biopesca que executa o Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS). O vídeo da ação está disponível logo abaixo.

 “Gostaríamos de agradecer à Polícia Militar pelo apoio, bem como a todos os parceiros que sempre nos acionam quando encontram animais marinhos vivos ou mortos nas praias. Entre eles, estão a Guarda Civil Municipal e o Grupamento Marítimo de Bombeiros que atuam nos municípios do litoral centro-sul de São Paulo, bem como a Polícia Militar Ambiental”, afirma o coordenador geral do Instituto Biopesca, Rodrigo Valle, lembrando também do importante apoio dos populares que chamam a instituição ao encontrar animais encalhados na areia.

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Retrospectiva 2020 do PMP-BS

Em 2020, um total de 1.096 animais marinhos foi recolhido ou resgatado no litoral centro sul de São Paulo pela equipe do Instituto Biopesca que executa o Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS). Desse total, 239 estavam vivos e 857 foram encontrados já mortos. 

O grupo mais encontrado foi o de aves marinhas, que somou quase 600 animais, a maior parte deles pinguins-de-Magalhães (Spheniscus magellanicus), resgatados principalmente em junho e julho. O início do inverno, que ocorre em junho no Hemisfério Sul, marca o período de migração dos pinguins-de-Magalhães, que vivem nas águas dos oceanos Atlântico e Pacífico sul, nas costas da Argentina, Chile e Ilhas Malvinas/Falklands. São principalmente os juvenis que chegam ao litoral do Brasil, geralmente fatigados e debilitados pela longa viagem ou mesmo trazidos por correntes oceânicas. 

Também foram encontradas 400 tartarugas marinhas, a maioria tartarugas-verdes (Chelonia mydas), e 121 golfinhos, a maior parte toninhas (Pontoporia blainvillei). Essas espécies, a exemplo de outras, são impactadas por ações humanas, entre elas poluição marinha, destruição de habitat e interação com as atividades pesqueiras.

Um dos casos de maior destaque registrado no ano passado pelo IBP foi o resgate e translocação do lobo-marinho-sul-americano (Arctocephalus australis) em 11 de agosto. A operação foi realizada em parceria com o Instituto de Pesquisas Cananéia (IPeC) que, assim como o Biopesca, executa o PMP-BS. A soltura ocorreu na praia da Enseada, na Ilha do Cardoso, em Cananéia (SP). O lobo-marinho, um macho bem jovem, foi resgatado na praia Ocian, em Praia Grande (SP).

Com o início da pandemia, todas as atividades adotaram as medidas necessárias à prevenção do contágio da covid-19, entre elas o uso de máscaras, escala presencial diferenciada e trabalho remoto.

O Instituto Biopesca é uma das instituições executoras do PMP-BS, uma atividade desenvolvida para o atendimento de condicionante do licenciamento ambiental federal das atividades da Petrobras de produção e escoamento de petróleo e gás natural na Bacia de Santos, conduzido pelo Ibama.

Esse projeto tem como objetivo avaliar os possíveis impactos das atividades de produção e escoamento de petróleo sobre as aves, tartarugas e mamíferos marinhos, por meio do monitoramento das praias e do atendimento veterinário aos animais vivos e necropsia dos animais encontrados mortos. O projeto é realizado desde Laguna/SC até Saquarema/RJ, sendo dividido em 15 trechos. O Instituto Biopesca monitora o Trecho 8, compreendido entre Peruíbe e Praia Grande.

Para acionar o serviço de resgate de mamíferos, tartarugas e aves marinhas, vivos debilitados ou mortos, entre em contato pelos telefones 0800 642 3341 (horário comercial) ou (13) 99601-2570 (WhatsApp e chamada a cobrar).

Para mais informações, acesse www.comunicabaciadesantos.com.br.

O Instituto Biopesca é uma associação sem fins lucrativos fundada em 1998 no município de Praia Grande, litoral de São Paulo. A entidade tem como missão promover a conservação de espécies marinhas ameaçadas de extinção, a partir de pesquisas, apoio a atividades acadêmicas e ações de educação ambiental.


Expediente:

A newsletter é produzida pelo setor de Comunicação do Instituto Biopesca.
Textos e Edição: Maria Carolina Ramos – MtB 23.883. Imagens: Instituto Biopesca.


ERRATA:

Diferente do que foi publicado no assunto da edição de dezembro, leia-se "6,5 mil animais recolhidos em cinco anos de PMP-BS".

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