Newsletter Instituto Biopesca - Edição 16 - novembro / 2020

EDITORIAL: Agora, o Instituto Biopesca pode colaborar com políticas públicas na área de meio ambiente na esfera federal. Em novembro, a entidade passou a integrar o Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama), trabalho que se soma ao já realizado em conselhos e órgãos ambientais com atuação nos níveis municipais e estadual. Com essa nova atividade, esperamos poder contribuir de forma construtiva para este momento de atenção e desafios que se apresenta para o setor.

Novembro também entrou para o calendário como mais um mês de cuidados redobrados para evitar a disseminação e o contágio da covid-19, que continua a fazer vítimas em todo o mundo e vem causando o aumento do número de infectados e mortos nos últimos dias. O Instituto Biopesca deu continuidade às medidas de proteção de sua equipe, mantendo à risca as recomendações dos órgãos de saúde.

Nesta edição, há também informações sobre a participação da entidade no Percurso Formativo do Programa Itaú Social UNICEF e também a notícia de uma tartaruga marinha resgatada pelo Instituto Biopesca com a nadadeira amputada por ter ficado presa num equipamento de pesca. Até o fechamento desta edição, felizmente, ela vinha se recuperando.

Boa leitura e continuem mantendo distanciamento social, usando máscaras e lavando as mãos!

Biopesca passa a integrar Conama

O Instituto Biopesca (IBP) se tornou uma das organizações da sociedade civil integrante do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama). A designação ocorreu porque a entidade Comissão Ilha Ativa renunciou ao posto e o IBP se apresentava como apto a ocupar a cadeira, já que era o próximo da lista conforme o sorteio, processo adotado nas últimas eleições, ocorridas em outubro de 2018 para o biênio 2019/2021. O Biopesca exercerá a função até março do próximo ano.

O ato foi publicado na edição de 16 de novembro do Diário Oficial da União. “Esse novo desafio é de grande responsabilidade, principalmente em um momento que demanda atenção para a área ambiental do País e faremos o nosso melhor para contribuir”, comenta o médico veterinário Rodrigo Valle, coordenador geral do Instituto Biopesca. A entidade já ocupa cadeiras nos Conselhos Municipais de Meio Ambiente de Praia Grande, Itanhaém e Peruíbe e também do Conselho Gestor e da Câmara Temática de Pesca da Área de Proteção Ambiental Marinha do Litoral Centro (APA Marinha Litoral Centro), e do Conselho Consultivo Conjunto do Parque Estadual do Itinguçu e do Refúgio de Vida Silvestre das Ilhas do Abrigo e Guararitama, geridos pela Fundação Florestal/Secretaria Estadual de Infraestrutura e Meio Ambiente. Em todas essas instâncias, contribui para as políticas públicas voltadas à proteção ambiental.

Atenção continua redobrada em tempos de pandemia

O Instituto Biopesca não interrompeu em nenhum momento os cuidados necessários nesses meses marcados pela pandemia da covid-19. Desde março, quando a quarentena foi decretada, a instituição vem adotando uma série de medidas que obedecem à risca as recomendações dos órgãos de saúde para proteger sua equipe e também para evitar a propagação do contágio da doença. 

Em conjunto com a coordenação do Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS) e a Petrobras, foram adotadas várias medidas estabelecidas em um plano de contingência.  Por exemplo, durante a rotina diária do monitoramento de praias do litoral central e sul, a equipe da organização que executa o PMP-BS higieniza as mãos constantemente, além de limpar os equipamentos necessários ao trabalho e manter as janelas dos veículos abertas para garantir a ventilação.
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Medidas para quem trabalha internamente na sede da instituição também foram adotadas, a exemplo de escala de trabalho alterada para reduzir o contato entre as pessoas, uso de máscaras, realizações de reuniões on-line e trabalho remoto de acordo com as funções desempenhadas. Já a equipe que se reveza no atendimento dos animais também redobra os cuidados e limita o número de pessoas no ambiente, mantendo o uso dos equipamentos de proteção obrigatórios (EPIs). Além disso, a Coordenação Geral do Biopesca realiza, periodicamente, a análise situacional relacionada à doença, contendo informações como número de óbitos em nível mundial, regional e local. O objetivo é informar e alertar a equipe continuamente para a emergência do momento.

Biopesca participa de Programa Social Itaú UNICEF

Em dezembro, termina o Percurso Formativo do Programa Itaú Social UNICEF, iniciativa com participação do Instituto Biopesca para aprimorar as ações de educação ambiental e socioambientais da entidade. No dia 6 de novembro, teve início a terceira estação do Percurso, com a proposta de elaborar um Plano de Intervenção que deve apresentar soluções para os desafios encontrados nas duas etapas anteriores. A primeira e a segunda estações do Percurso procuraram desenvolver um processo de escuta a respeito da atuação do Biopesca, tendo como foco principal a diversidade, tema, aliás, de todo o percurso.

O objetivo do Programa Itaú Social UNICEF é realizar formação e fomento financeiro das OSCs que promovem educação integral e inclusiva de crianças e adolescentes para o aprimoramento de suas práticas e o alcance de resultados de qualidade.

Tartaruga-cabeçuda é resgatada com nadadeira amputada

Mais um triste caso de animal marinho impactado pelas ações humanas foi registrado pelo Instituto Biopesca em novembro. No dia 19, a equipe da instituição que executa o Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS) recebeu um acionamento de populares, relatando o achado de uma tartaruga-cabeçuda (Caretta caretta) presa a um atrator fixo, um tipo de equipamento de pesca, em uma praia de Peruíbe, litoral sul de São Paulo.

A nadadeira do animal foi amputada por ter ficado apertada e presa no apetrecho tempo suficiente para ser separada do corpo e ter um osso, o úmero, exposto. Embora estivesse em situação muito crítica, a tartaruga vem se recuperando na Unidade de Estabilização de Animais Marinhos de Praia Grande, localizada no Instituto Biopesca. Até o fechamento desta edição, ela vinha se alimentando, nadando e mergulhando.

Os casos de impacto antrópico são recorrentes entre os resgates e recolhimentos de animais marinhos efetuados pelo Instituto Biopesca e atingem as tartarugas, aves, golfinhos e baleias, entre outras espécies.

Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS)

O Instituto Biopesca é uma das instituições executoras do PMP-BS, uma atividade desenvolvida para o atendimento de condicionante do licenciamento ambiental federal das atividades da Petrobras de produção e escoamento de petróleo e gás natural na Bacia de Santos, conduzido pelo Ibama.

Esse projeto tem como objetivo avaliar os possíveis impactos das atividades de produção e escoamento de petróleo sobre as aves, tartarugas e mamíferos marinhos, por meio do monitoramento das praias e do atendimento veterinário aos animais vivos e necropsia dos animais encontrados mortos. O projeto é realizado desde Laguna/SC até Saquarema/RJ, sendo dividido em 15 trechos. O Instituto Biopesca monitora o Trecho 8, compreendido entre Peruíbe e Praia Grande.

Para acionar o serviço de resgate de mamíferos, tartarugas e aves marinhas, vivos debilitados ou mortos, entre em contato pelos telefones 0800 642 3341 (horário comercial) ou (13) 99601-2570 (WhatsApp e chamada a cobrar).

Para mais informações, acesse www.comunicabaciadesantos.com.br.

Expediente:

A newsletter é produzida pelo setor de Comunicação do Instituto Biopesca.
Textos e Edição: Maria Carolina Ramos – MtB 23.883. Imagens: Instituto Biopesca.